28/10/2022

O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) registrou uma deflação de 0,97% em outubro após queda de 0,9% em setembro, divulgou nesta sexta-feira (28) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com isso, a chamada “inflação do aluguel” manteve a desaceleração no acumulado em 12 meses, de 8,2% em setembro para 6,52% em outubro.

Com a deflação de outubro, o indicador agora acumula alta de 5,58% em 2022.

A variação negativa foi maior que a esperada pelo mercado, que projetava uma queda de 0,80% nos preços, segundo o consenso Refinitiv.

Em outubro de 2021, o índice havia subido 0,64% e acumulava alta de 21,73% em 12 meses.

Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, os combustíveis fósseis e o leite explicam a nova queda registrada pela taxa do IGP-M. No âmbito do produtor, os destaques foram óleo diesel (de -4,82% para -5,67%) e leite in natura (de -6,72% para -7,56%).

Já no IPC, os destaques partiram de quedas menos intensas nos preços da gasolina (-3,74%) e do leite tipo longa vida (-8,26%)”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

IPA

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,44% em outubro, deflação mais forte que a queda de 1,27% registrada em setembro. O grupo Bens Finais variou 0,03% em outubro. No mês anterior, a taxa do grupo havia sido de -0,39%. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 2,35% para 6,12%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,24% em outubro, após alta de 0,20% no mês anterior.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -1,47% em setembro para -2,17% em outubro. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cujo percentual passou de -0,36% para -1,36%. Após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, o índice caiu 1,38% em outubro, ante queda de 0,43% em setembro.

O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 1,96% em outubro, após queda de 1,84% em setembro. Contribuíram para intensificar a taxa negativa do grupo os seguintes itens: algodão em caroço (3,95% para -11,02%), aves (-0,72% para -4,58%) e cana-de-açúcar (-0,72% para -2,55%). Em sentido oposto, destacam- se os itens minério de ferro (-4,81% para -1,52%), bovinos (-4,06% para -2,61%) e soja em grão (-1,11% para -0,66%).

IPC

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,50% em outubro, após queda de 0,08% em setembro. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Transportes (-2,93% para -0,96%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de -9,46% em setembro para -3,74% em outubro.

 

Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Alimentação (-0,34% para 0,57%), Habitação (0,21% para 0,63%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,72% para 0,80%), Despesas Diversas (0,08% para 0,22%) e Vestuário (0,57% para 0,67%).

Nestas classes de despesa, os destaques foram: hortaliças e legumes (-0,63% para 6,75%), taxa de água e esgoto residencial (-0,02% para 2,65%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,24% para 1,37%), alimentos para animais domésticos (-0,33% para 1,35%) e roupas (0,44% para 0,84%).

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (4,47% para 3,15%) e Comunicação (-0,54% para -1,03%) registraram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: passagem aérea (27,61% para 16,07%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,56% para -2,45%).

INCC

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,04% em outubro, ante 0,10% em setembro. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de setembro para outubro: Materiais e Equipamentos (-0,14% para -0,32%), Mão de Obra (0,26% para 0,31%), e Serviços, repetiu a taxa do mês anterior, de 0,34%.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/